quarta-feira, 12 de novembro de 2008

13:32


Não trabalho nas tardes de terça e como tinha que estudar não pude voltar p/ casa. Fiquei com 2 opções:
1 - Ir p/ a faculdade, me trancar na biblioteca e só sair de lá quando fosse uma expert em imunologia
2 - Encontrar algum lugar alternativo para estudar.

Optei pelo alternativo.

O lugar escolhido: Jardim Botânico. Nunca havia andado nos jardins de lá, oq é vergonhoso p/ uma futura bióloga que gosta de botânica.

Entrei no jardim de forma curiosa. São Pedro queria estragar os meus planos mandando uma garoinha sem vergonha para me intimidar. Como não me intimido facilmente continuei firme no meu propósito.
Passei pelas palmeiras da entrada e por outras diversas árvores mais ao fundo. Escolhi uma das escadas de pedra perto do portal antigo e das estufas do orquidário  para espalhar as minhas coisas e começar os estudos.
Mas logo fui interrompida por uma dupla de patos que pousaram no lago a minha frente chamando minha atenção. Parei para observá-los

Dos patos, passei para o ambiente. A calma do lugar transformava a minha vontade de ligar o mp3 em uma heresia. Resolvi escutar apenas o som dos pássaros, de vários deles, provando que em São Paulo há mais do que pombas e pardais.
Um sabiá laranjeira pousou a menos de 2m e pareceu não me notar, algo raro para um bicho tão desconfiado.
Uma dupla de borboletas passam por mim como se estivessem dançando no ar.
A única coisa que me lembrou que estava em uma metrópole foi o barulho de um avião. Mas da mesma forma que ele veio, ele se foi, me deixando curtir o som das cigarras e das aves.

A brisa fica fria trazendo gotas da garoa que começa a apertar. Volto a observar os patos que agora estão na borda do lago se secando de forma engraçada. Olham pra mim como se me desafiassem a ver quem agüenta mais tempo na garoa.

Ok, patos. Vocês venceram. Vou para debaixo da oliveira